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segunda-feira, 21 de maio de 2012

PARENTESCO ACADÊMICO

Lucídio Freitas teve a idéia de fundar a Academia Piauiense de Letras e depressa se reuniram dez intelectuais para o objetivo: Clodoaldo Freitas, João Pinheiro, Celso Pinheiro, Fenelon Ferreira Castelo Branco, Jônatas Batista, Edison da Paz Cunha, Benedito Aurélio de Freitas, Higino Cunha, Antônio Chaves, e o próprio Lucídio Freitas. Cada qual escolheu o seu patrono.

Observe-se o parentesco dos primeiros acadêmicos na escolha dos patronos: Clodoaldo escolheu o parente José Manuel de Freitas; Fenelon, o parente Joaquim Sampaio Castelo Branco; Jônatas, o parente Davi Caldas; Lucídio, o irmão Alcides Freitas. Os fundadores guardavam a seguinte relação de família Alcides; João Pinheiro irmão de Celso; Edison, filho de Higino Cunha.

Composta de 40 cadeiras, preenchidas as 10 primeiras, foram escolhidos os demais titulares e estes escolhiam os patronos respectivos, citando-se os parentes: Antônio Ribeiro Gonçalves escolheu o irmão Joaquim; Amélia Freitas Bevilaqua escolheu o parente Lucídio; Nerina Castelo Branco escolheu o parente Antônio Noronha; Darcy Araújo escolheu o irmão Vicente Araújo; Lilizinha Castelo Branco de Carvalho escolheu o pai Heitor Castelo Branco; Celso Barros escolheu o cunhado José Newton de Freitas.

Com o correr dos anos e a morte dos titulares, houve as naturais substituições, do que resultaram novos parentescos. Relacionem-se os demais Castelo Branco escolhidos para a Academia até 1990: Hermínio de Carvalho Castelo Branco, Teodoro Castelo Branco, Antônio Borges Castelo Branco, Cristino Castelo Branco, Carlos Castelo Branco, Renato Castelo Branco, Miguel Borges Castelo Branco, Emília Leite Castelo Branco. Bem que se poderia acrescentar José de Arimathéa Tito e o filho, ambos Castelo Branco, embora o nome familiar não participe do nome de ambos.

Observe-se mais parentesco: José Manoel de Freitas foi irmão de Amélia de Freitas Bevilaqua e pai de João Alfredo de Freitas; João Pinheiro, irmão de Celso, teve outro irmão acadêmico, o jornalista Breno Pinheiro; Cromwell Barbosa de Carvalho foi pai de Robert de Carvalho e * Academia o sobrinho João Gabriel Baptista. D* patronos irmãos: Anísio e Areolino de Abreu. Celso Pinheiro e Celso Pinheiro Filho, pelos nomes constituíram pai e filho; pai e filho são * e Hugo Napoleão, o primeiro sobrinho de Martins Napoleão; Odylo Costa teve outro filho ilustre, Odylo costa filho; parentes eram J* e Jônatas Correia; Gabriel Luiz Ferreira e Félix Pacheco, pai e filho; Mário Baptista e Benjamin Baptista, irmãos; Armando Madeira Brandão e Armando Madeira Basto, tio e sobrinho; pai e filho, Cristino e Carlos Castelo Branco.

Ocuparam as cadeiras dos pais: Carlos Castelo Branco, Odylo Costa filho e Tito Filho.

Aí se relacionaram os que têm parentes próximos. Existem vários outros parentes no quadro da Academia Piauiense de Letras. Só citei os mais chegados. Não se diga, porém, que houve influência de uns na escolha dos outros. De modo geral, os parentes já tinham seguido desta para pior vida quando se escolhiam os novos titulares, sem que houvesse, assim, influências na eleição.

No ingresso, vivos estavam Clodoaldo e Lucídio, João, Celso e Breno Pinheiro, Higino e Edson Cunha. Quando foi eleito Robert, o outro Cromwell estava bem idoso. Por último, o José Miguel de Matos tem parentesco com outros Freitas, o mais próximo dos parentes se chamou Esmaragdo de Freitas e Sousa, da primeira cadeira acadêmica, primo legitimo de Dona Maria do Ó e Sousa, mãe do autor da “Antologia Poética Piauiense".


A. Tito Filho, 17/01/1991, Jornal O Dia - p. 4

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* Não está visível no original

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